Decidir o que fazer em Tóquio pode ser bem desafiador porque a fascinante metrópole japonesa combina tradição e modernidade como nenhum outro destino do mundo.
Com uma rica herança cultural, Tóquio oferece aos visitantes uma experiência única e inesquecível. Desde os majestosos templos ancestrais até as luzes brilhantes das tecnológicas torres de neon, esta cidade vibrante cativa os sentidos em cada esquina.
Além disso, a gastronomia local é uma verdadeira viagem para o paladar, com sushis meticulosamente preparados, ramens reconfortantes e uma infinidade de pratos tradicionais que satisfazem os apetites mais exigentes. Aliás, preciso dizer que nunca comemos tão bem em uma viagem como foi no Japão!
Explorar Tóquio é uma jornada de descobertas constantes, onde tradição e inovação coexistem harmoniosamente. Enquanto os belos jardins japoneses oferecem um refúgio de tranquilidade em meio ao frenesi urbano, os modernos bairros de Akihabara e Shibuya levam os visitantes para um mundo futurista de tecnologia e entretenimento.
Com uma infraestrutura eficiente de transporte e uma população acolhedora, Tóquio é uma cidade que recebe os turistas de braços abertos, proporcionando uma experiência enriquecedora e envolvente. Seja você um amante de história, um aficionado por cultura pop ou um explorador gastronômico, Tóquio certamente encantará e surpreenderá, oferecendo memórias duradouras que durarão toda a vida.
Quando começamos a planejar nossa viagem para o Japão, a gente tinha uma certeza: queríamos vários dias para curtir Tóquio. Então, optamos em ficar alguns dias na capital no início da viagem, depois seguir para Kyoto, Osaka e Hiroshima e, por fim, voltar para Tóquio por mais alguns dias.
Confira aqui nosso roteiro em Tóquio e as principais atrações que visitamos.
Como chegar em Tóquio
Antes de mais nada, vamos falar de como chegar em Tóquio. São dois principais aeroportos internacionais: Narita (NRT) e Haneda (HND).
Narita é o principal aeroporto internacional que serve Tóquio e está localizado na cidade de Narita, que fica a cerca de 60 quilômetros a leste do centro de Tóquio. É de lá que partem conexões para diversos destinos ao redor do mundo.
Por outro lado, Haneda está localizado mais próximo do centro de Tóquio, a apenas cerca de 15 quilômetros ao sul do centro da cidade. É um dos aeroportos mais movimentados do Japão e oferece uma ampla gama de voos nacionais e internacionais.
Ambos os aeroportos são modernos, bem equipados e oferecem uma variedade de serviços e comodidades para os passageiros. O Aeroporto de Narita é mais comumente usado para voos internacionais de longa distância, enquanto o Aeroporto de Haneda é frequentemente preferido para voos nacionais e voos internacionais de curta distância devido à sua proximidade com o centro da cidade.
Partimos de São Paulo pela United e tivemos uma conexão de algumas horas em Washington, nos Estados Unidos. Seguimos então para Tóquio, pela companhia aérea japonesa ANA. Desembarcamos em Haneda no meio da tarde e foi ótimo porque rapidamente chegamos ao centro da cidade de trem.
O que fazer em Tóquio
Asakusa, Parque Ueno e Tokyo Sky Tree
Nosso primeiro dia do roteiro em Tóquio foi incrível. Fez muita diferença ter reservado o nosso dia da chegada para descansar e recuperar o sono depois de tantas horas de voo. Dessa forma, dormimos já no horário local e acordamos bem cedo, quase no fuso certo.
Aproveitamos que despertamos cedinho e fomos tomar nosso café em Asakusa, um bairro super tradicional de Tóquio. É lá que fica um dos templos mais visitados do Japão: o Sensoji. Chegar cedo por lá tem uma enorme vantagem: você consegue tirar fotos bem tranquilo.
Caminhamos pelo templo, que contrasta com os prédios modernos ao seu redor. Experimentamos algumas comidinhas na Nakamise Street e seguimos para o Parque Ueno.
Antes paramos para almoçar em um sushi de esteira e foi uma delícia! Estes restaurantes são conhecidos comos kaiten-zushi e são populares no Japão. Em resumo, os pratinhos com sushis passam por uma esteira e você vai pegando os que deseja. Os pratos têm cores diferentes e é assim que você sabe o preço de cada sushi. No final, eles contam quantos pratinhos você pegou e te entregam a conta.
O Parque Ueno é conhecido como o lar dos templos budistas, além de abrigar alguns museu. É um templo mais lindo que o outro.
Depois de andarmos muito, fechamos nosso dia na Tokyo Sky Tree, a torre mais alta do mundo. Que vista impressionante!
Ilha de Odaiba e Shibuya
Começamos nosso segundo dia na Ilha de Odaiba. Uma parte do trajeto é feito em um monotrilho que cruza a Rainbow Bridge, a famosa ponte do arco-íris. Já buscamos um lugar na frente pra ver tudo!
Aproveitamos para conferir a estátua do robô gigante Gundam. É a atração mais nerd da região e o robô se transforma algumas vezes ao dia. Fica em frente ao shopping Diver City Tokyo Plaza.
Seguimos para uma das atrações mais esperada por mim: o teamLab Planets Tokyo, um museu interativo com uma experiência sensorial única.
Leia também: teamLab Planets Tokyo: arte digital interativa
Depois, fomos almoçar no mercado de peixes Toyosu Market. Em 2018, o famoso Mercado de Peixes de Tsukiji (aquele onde acontecem os leilões de atum de madrugada) mudou de nome e endereço: foi para a ilha de Toyosu em Odaiba, bem pertinho do teamLab.
Comemos os sushis mais frescos da vida.
O Toyosu ocupa três prédios: um para atacado de frutas e vegetais e outros dois para atacado de frutos do mar e vegetais. É possível observar a movimentação do mercado por janelas nas passarelas. Você pode ainda comprar produtos no varejo no Uogashi Yokocho Market.
Seguimos para Shibuya para atravessar o cruzamento mais famoso e cheio do mundo. Que experiência diferente estar em um verdadeiro formigueiro humano…
É ali que fica também a estátua do cão Akita Hachikō, lembrado por sua lealdade inabalável ao seu falecido dono.
Partimos então para a Takeshita Street, uma rua de 400 metros repleta de lojas, comidas e diversão. A Alice estava ansiosa pra ir lá provar o algodão doce de arco-íris e os famosos crepes da Marion.
Aproveitamos para ir a um escritório da empresa JR trocar nosso voucher de transporte que dá direito a usar ilimitadamente 14 dias de transporte no Japão.
Bate-volta para Yokohama
Começamos a usar nosso JR Pass fizemos um bate-volta para Yokohama, que fica bem pertinho de Tóquio. É muito rápido e fácil chegar lá (menos de uma hora) e a cidade é perfeita para passar um dia.
Museu Ghibli e Ginza
Nosso quinto dia em Tóquio começou no Museu Ghibli, uma das atrações mais concorridas do Japão.
O Museu Ghibli fica em Mitaka, subúrbio de Tóquio. É um museu de arte dedicado às produções do Estúdio Ghibli, que produziu animações como Meu Amigo Totoro, O Serviço de Entregas de Kiki e A Viagem de Chihiro. Se você é fã, assim como a Alice, precisa ir! É de uma delicadeza sem fim.
De lá seguimos para Ginza, o distrito mais chique do Japão. Que espetáculo!
Fomos direto pra um lugar nada chique, mas sensacional: Kagari Ramen. É um restaurante especializado em ramens a base de frango, recomendado pelo Guia Michelin. Custamos achar o local que fica num beco, mas logo avistamos a fila. Que comida deliciosa. Foi uns R$ 50 cada prato.
Depois, muito bem alimentados, fomos explorar o bairro. Os prédios das lojas de grife são verdadeiros espetáculos. O da Louis Vitton é como uma grande aquário. Realmente é muito bom ver o rico viver.
É nesta região que fica a maior loja da Uniqlo do mundo e tem também uma loja enorme de brinquedos. Os preços são muito bom comparados ao Brasil e não é fácil resistir!
Tem ainda o Ginza 6, que tem um lindo observatório com jardim no último andar (gratuito) e o Ginza Place, que nos primeiros andares exibe carros de luxo da Nissan e nos andares superiores todas as novidades da Sony.
Ainda passamos na Hibiya Godzilla Square, onde fica a estátua do Godzilla. É neste bairro que surgiu a produtora de cinema Toho, responsável pelos filmes do monstro. Reza a lenda que dentro da estátua está guardado o roteiro original do primeiro filme do Godzilla, de 1954.
Alguns dias em Kyoto, Osaka e Hiroshima
Nós optamos em ficar alguns dias em Tóquio no começo e outros no final da viagem. Dessa forma, seguimos viagem para explorar outras cidades. Fizemos todos os deslocamentos de trem, usando o nosso passe JR. Aqui você encontra nosso roteiro completo pelo Japão.
O retorno para Tóquio foi bem tranquilo e aproveitamos para descansar um pouco no trem. Chegamos a noite em Tóquio e fomos conhecer mais um restaurante de ramen perto do hotel. Diferente, mas também aprovado.
Museu Yayoi Kusama e Akihabara
Em Tóquio, nosso hotel não tinha café da manhã, mas não tivemos dificuldade alguma em encontrar cafeterias próximas. Começamos o nosso 14º dia no Japão em um icônico ponto: a Godzilla Road. No alto do Hotel Gracery fica uma cabeça gigante do Godzila. Inclusive, é permitido subir no terraço e conferir o monstro bem de pertinho. Mas demos o azar do espaço estar fechado para um evento.
Seguimos para o Museu da Yayoi Kusama, considerada como uma das mais originais e importantes artistas plásticas do Japão. Acho incrível a genialidade dela!
Não é possível comprar os ingressos lá na porta. Então, se você pretende visitar o museu precisa garantir bem antes dos seus ingressos. Eu comprei os nossos ainda no Brasil.
Depois de me encantar no museu (que eu gostaria que fosse maior), seguimos para Akihabara, o paraíso dos otakos (fãs de animes) e dos eletrônicos.
Almoçamos em um sushi de esteira com opções diferentes dos que a gente já tinha ido. Ficamos um pouco perdidos, mas saímos bem alimentados.
As lojas de eletrônicos são enormes e os preços excelentes comparados ao Brasil (Playstation 5, por exemplo, é menos da metade do preço que aqui).
É em Akihabara que fica a Yodobashi-Akiba, uma das maiores lojas de eletrônicos do mundo, com 15 andares. Fique atento que lá não vende celular com configurações para estrangeiros. A tecnologia dos celulares japoneses é diferente. Não é GSM e nem usa Chip. Se quiser comprar um aparelho por lá, deve procurar sempre “cellphone for oversea”.
Outra vantagem é que no Japão há o tax free. Basta apresentar o seu passaporte e o desconto de 10% já é concedido no momento do pagamento mesmo. Vale inclusive para roupas e outros itens.
Café de gatos
Enquanto o Rodrigo se divertia nas lojas de eletrônicos, fui com a Alice no Cat Café MoCHA. Nesta região, tem muitos cafés com animais, desde gatinhos até corujas.
Evidentemente, não foi nada fácil tirar a Alice de perto dos gatinhos!
Outra tentação são as centenas de máquinas de Gachapon para comprar bonequinhos de qualquer tema.
Disney Sea
Bem pertinho de Tóquio, fica o complexo da Disney no Japão. É a primeira Disney construída fora dos Estados Unidos. O projeto é licenciado para uma empresa japonesa, mas você nem nota diferença porque todos os funcionários, brinquedos e serviços seguem o padrão da franquia.
O complexo conta com 6 hotéis oficiais e dois parques temáticos: a Tokyo Disneyland e a Disney Sea. Para quem deseja visitar os dois parques pode ser uma boa se hospedar por lá.
A Tokyo Disneyland segue o modelo da Disneylândia da Califórnia e do Magic Kingdom de Orlando. Já a Disney Sea é um parque temático exclusivo que só tem no Japão. Optamos em conhecer este por ser bem diferente.
O Disney Sea, como o nome sugere, segue a temática do Mar. Uma das áreas mais lindas é a da Pequena Sereia, que Alice amou!
Algumas atrações são iguais a de outros parques, como Soarin e Tower of Terror, e outras só encontramos por lá, como por exemplo a montanha-russa Jornada ao Centro da Terra.
Mesmo seguindo os padrões da Disney, claro que nem tudo é igual no Japão!
Compramos nossos ingressos antes da viagem e recomendo que você faça o mesmo porque costumam esgotar bem antes. Além de ser arriscado ficar sem as entradas, você ainda não perderá horas nas filas da bilheteria do parque.
Sanrio Puroland
Para o nosso último dia, deixamos a Alice escolher se ela queria ir para Legoland ou para o parque da Hello Kitty.
A ideia era fazer um dos dois parques de manhã e ter algumas horas livres à tarde para curtir da forma que a gente quisesse.
Alice escolheu o Sanrio Puroland e ficamos encantadas com o mundo da Hello Kitty. Tanto que mudamos a programação e eu fiquei com a Alice por lá até o parque fechar porque era tudo muito fofo e perfeito. O Rodrigo ficou algumas horas e saiu antes para comprar algumas coisas que ele queria.
Como em todas as atrações do Japão, é recomendável você comprar os ingressos antecipadamente. Garantimos os nossos antes e lá na entrada apresentamos o QR Code que recebemos por email.
Leia também: Sanrio Puroland: o parque da Hello Kitty
Conexão em Chicago
Seguimos cedinho para o aeroporto de Haneda. Então, embarcamos para a nossa conexão em Chicago. Aproveitamos para passear pela cidade e fechamos assim nosso incrível roteiro de viagem no Japão. Veja o que fazer em uma conexão em Chicago.
Onde ficar em Tóquio
Cada região tem sua própria identidade e características únicas, proporcionando experiências diversas para todos os viajantes. Outro ponto positivo é o transporte público da cidade, que funciona muito bem. Mas neste quesito vale também ressaltar que as linhas de metrô de Tóquio são operadas por diversas empresas e, dependendo da sua escolha, pode encarecer um pouco seus deslocamentos.
Você pode escolher entre o movimentado Shinjuku, o luxuoso Ginza, o histórico Asakusa ou pertinho do Parque Ueno.
Caso você opte em usar o JR Pass, considere também ficar próximo a uma linha de metrô operada pelo JR para aproveitar melhor seu passe. Este foi um dos critérios que usamos para escolher nossa hospedagem, que ficava colado com a estação JR de Asakusabashi. Outro atrativo foi que perto do hotel ainda passava a linha de trem que vai direto pro aeroporto de Haneda.
Escolher um hotel em Tóquio tem algumas peculiaridades que preciso dividir com vocês. Em primeiro lugar, não é novidade para ninguém que espaço é artigo de luxo na cidade. Por isto, hotéis cápsulas são bem populares por lá. Não tínhamos vontade de ter esta experiência e então minha busca passou a ser por um hotel simples, mas bem localizado.
Então, encontrei uma dificuldade. Não é comum encontrar hotéis com quarto triplo ou cama extra para crianças. Assim, muitos hotéis – inclusive alguns recomendados em vários blogs por ter bom custo x benefício – sugeriam que a gente reservasse dois quartos para ficarmos os três. Além do valor, ficarmos separados não parecia legal.
Dessa forma, a melhor solução para a gente foi encontrar hotéis que aceitassem que dividíssemos o mesmo quarto. Entre as opções, optamos em ficar no Hotel Mystays Asakusabashi, que tinha exatamente o que a gente buscava: bom preço e uma localização excelente.
Se você tem vontade de viajar para o Japão e não sabe nem por onde começar, confira aqui todos os posts do blog:
Como planejar uma viagem para o Japão
Quanto custa uma viagem para o Japão?
Nosso roteiro de viagem no Japão: atrações e cidades
O que fazer em Osaka: onde ir e onde ficar
Universal Studios do Japão e o Super Nintendo World
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