Se você procura um destino de aventuras, confira aqui onde ficar e o que fazer no Petar, o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira.
Conhecido como o parque das cavernas, o Petar impressiona por sua dimensão: são mais de 35 mil hectares, mais de 400 cavernas, além de muitas trilhas e cachoeiras. Ou seja, não importa qual será a sua programação, você conhecerá apenas uma pequenina parte desta reserva.
Em resumo, é a Disney para quem gosta de ecoturismo!
Onde fica o Petar?
O Petar foi criado em 1958 e está localizado nos municípios de Iporanga e Apiaí, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo. Para quem vai da capital paulista, é possível chegar pelas rodovias Castello Branco ou Regis Bittencourt. A melhor opção dependerá de qual região da capital que você irá partir por conta do trânsito.
O parque é considerado como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade porque tem uma das áreas de Mata Atlântica mais preservada do Brasil.
O que fazer no Petar
O Petar é dividido em núcleos e abriga mais de 400 cavernas. Porém, apenas 12 são abertas à visitação. Para completar, há limite de capacidade em cada uma das cavernas por dia. Para visitar, você precisa estar acompanhado com um monitor credenciado e o seu horário estará reservado para entrar nas cavernas.
Cada caverna tem características e graus de dificuldade diferentes. Em algumas, você terá que ultrapassar obstáculos mais difíceis como por exemplo fendas estreitas ou atravessar com água na altura do peito. Vale pesquisar o tipo de caverna que você deseja visitar e ver se é o adequado ao seu perfil, especialmente se você viaja com crianças.
Aliás, não idade mínima para visitar as cavernas, mas novamente fica o alerta: veja se o perfil da criança é adequado ao tipo de exploração.
Núcleo Santana
Nós escolhemos conhecer parte do Núcleo Santana do Petar. Para isto, fechamos com monitora ambiental 𝑅𝑒𝑛𝑎𝑡𝑎 𝑀𝑒𝑛𝑑𝑒𝑠 que trabalha na região. Ficamos hospedados em Iporanga, no Bairro Serra, bem pertinho da entrada do núcleo.
Até a entrada do parque, você segue de carro. Há estrutura de banheiros e água potável no Petar, mas não há lanchonete. Então, você precisa levar lanches para passar o dia. O legal é que você pode deixar tudo no carro e voltar para comer entre as atrações sem ficar carregando peso pelas trilhas.
Nós começamos pela Caverna do Morro Preto. A trilha para chegar é de nível fácil, mas com bastante subida. A entrada da caverna impressiona, com um pórtico de aproximadamente 15 metros de altura e 10 metros de largura. Tem 832 metros de comprimento e 61 metros de desnível.
Tem escadas para acessar diversões salões e o espaço é bem grande. Mesmo para quem tem problemas com espaços fechados, é bem tranquilo.
Depois, seguimos para a Caverna Santana, que tem 10 km de extensão (difícil até imaginar o tamanho, não é mesmo?). Os visitantes podem percorrer uma trilha de 800 metros para explorar a caverna e posso garantir: é das coisas mais impressionantes da vida.
Nossa última caverna do dia foi a Couto, que é bem diferente das duas anteriores. É um grande corredor de pedras com água corrente por dentro. O visual com o som da água é uma combinação perfeita.
Fechamos a experiência com um mergulho em uma piscina natural e um banho de cachoeira (ok, só os mais corajosos encararam a água gelada. Não foi meu caso, mas a Alice e o Rodrigo me representaram).
Cachoeira Sem Fim
No domingo, fomos conhecer a Cachoeira sem Fim, que fica em uma propriedade particular em Iporanga. A entrada custa R$ 15/pessoa e você tem acesso a três cachoeiras, perfeitas para tomar banho.
A trilha tem cerca de 1km (de subida) e as cachoeiras são próximas uma das outras. Optamos em caminhar até a última para ir voltando aos poucos.
É um passeio bem legal para quem tem só metade de um dia disponível no roteiro.
Rafting no Rio Betari
Outra atividade bem legal, que dura menos de duas horas, é fazer rafting no Rio Betari. A descida começa no bairro da Serra e o percurso tem aproximadamente quatro quilômetros. Tem correntezas de classe II, III, além de outros obstáculos. Confira os valores, horários e faça sua reserva do rafting no Rio Betari.
Onde ficar no Petar
Há inúmeras opções de hospedagem no Petar e nós adoramos a nossa escolha porque completou nossa experiência por lá.
Passamos um final de semana maravilhoso no Glamping Mangarito, no meio da Mata Atlântica. Antes de mais nada, se você não sabe o que é glamping, deixa eu explicar. O glamping é o melhor dos mundos pra quem busca se hospedar no meio da natureza com o conforto de um hotel. Não é um acampamento de barracas nem um resort, mas fica entre os dois.
Em resumo: pertinho da natureza com muitos mimos e zero perrengue!
O café da manhã é sensacional e no quarto você encontra tudo o que precisa: amenities da L´Occitane, uma máquina de café expresso, uma jarra de água, frigobar e um banheiro bem espaçoso. Outra coisa bem legal: um varal dentro do banheiro e outro fora do quarto, na varanda, porque você certamente chegará com a roupa molhada e suja de terra dos passeios.
O Mangarito tem piscina, spa e academia. Se você volta cansado dos passeios, pode curtir uma massagem ou um banho de ofurô. Por outro lado, se você é do time incansável, aproveite a academia. A parte favorita da Alice foi, sem dúvida alguma, a piscina.
Para repor as energias, eles ainda oferecem chá da tarde. Você pode também jantar no restaurante do Glamping.
Qual a diferença entre gruta, caverna, abrigo, toca, fosso e abismo?
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, caverna é qualquer qualquer cavidade natural em rocha com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Pode ser de vários tipos, conforme topografia, comprimento e forma.
As cavernas podem ser classificadas como:
– abrigo: cavidade de pequeno comprimento e grande abertura que pode ser usada como guarita por animais ou pessoas;
– toca: caverna com grande abertura, desenvolvimento horizontal menor que 20 metros e uma única entrada. Se tiver desnível, é pequeno;
– gruta ou lapa: caverna predominantemente horizontal, mas com mais de 20 metros de comprimento. Pode ter desníveis internos e salões. Geralmente tem mais de uma entrada, mas nem sempre se pode atravessá-la de um lado ao outro;
– fosso: caverna predominantemente vertical, com grande abertura e desnível inferior a 10 metros.
– abismo: caverna também predominantemente vertical, mas com desnível maior que 10 metros.
Em algumas regiões do Brasil, utiliza-se o termo gruta para cavidades com pelo menos duas entradas e caverna para aquelas com uma entrada só.
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