Tudo o que você precisa saber sobre Alter do Chão!
O aeroporto mais próximo da vila de Alter do Chão é o de Santarém, a 34 km. Você pode contratar um transfer ou pegar um táxi ou transporte por aplicativo. Tem a opção ainda de ir de ônibus.
A melhor época para ir para Alter do Chão e ver as praias de rio é o verão amazônico. A temporada seca que vai de agosto a dezembro. Nos outros meses, a famosa Ilha do Amor fica submersa.
Para atravessar para a Ilha do Amor, você pega um barquinho de madeira, a catraia, no pequeno píer em frente à praça. Na ilha, tem diversos quiosques, para petiscos e almoços. Aproveite para experimentar a cerveja mais consumida na região, a Tijuca, produzida no Pará.
Quanto tempo ficar em Alter?
Nós ficamos 6 dias porque queríamos aproveitar bem as praias da região. Para conhecer os principais passeios, você precisa pelo menos de 3 dias inteiros em Alter.
Esqueça o cartão…
Quase nenhum lugar aceita cartão de crédito ou débito, mas a maioria aceita PIX. Em alguns lugares mais distantes dos passeios, você precisa pagar em dinheiro porque não tem sinal de internet. Tem caixa eletrônico 24 horas dentro do mercadinho, ao lado da Igreja.
A vila tem muitos restaurantes, bares, lojinhas, mercado, farmácias e posto de atendimento médico 24 horas.
Esqueça os nomes e vá conhecer as praias. Cada uma tem sua beleza!
Mas vá preparado… As caixas JBL estão por toda parte: na praça, na Ilha do Amor, nos restaurantes, nas praias. O povo gosta mesmo de curtir um som!

Reserve pelo menos um dia para curtir a Ilha do Amor. Sente em uma das barracas, peça um peixe frito e experimente o molho de tucupi.
Como chegar em Alter do Chão
Localizado na margem direita do Rio Tapajós, Alter do Chão é uma pequena vila que faz parte do município do Santarém, no Pará.
O local ganhou fama depois que o jornal inglês The Guardian elegeu Alter como uma das 10 praias mais bonitas do Brasil.
No período do verão amazônico, de agosto a dezembro, suas dezenas de praias de águas doces e cristalinas são disputadas por turistas brasileiros e estrangeiros.
O aeroporto mais próximo da vila é o de Santarém, a pouco mais de 30 km. Tem vôos diretos de Belém, Manaus e Brasília.
Saímos de SP e fizemos uma conexão em Brasília, com a Latam. Na volta, iremos pra Belém e de lá para SP, com a Gol. Emitimos nossas passagens de graça, com milhas.
Como ir de Santarém
Do aeroporto de Santarém para a vila de Alter, onde ficam a maioria das pousadas, você pode contratar um transfer ou pegar um táxi ou transporte por aplicativo.
Há ainda uma opção mais econômica, mas um pouco mais demorada. Você pega dois ônibus e seu custo não chega a R$ 10.
Nós tentamos o Uber e não tinha carros disponíveis. Pedimos um carro pelo 99 e ficou R$ 86. Demorou menos de 30 minutos para chegar na nossa pousada. Ainda conseguimos dar carona pra um menino búlgaro que não conseguia fazer o download do app do 99. Se você ainda não tem o 99 instalado, baixe por aqui para ter desconto na sua primeira corrida.
Os taxis estavam pedindo R$ 120. Nunca entendo a lógica do preço tão mais alto, já que os táxis estavam todos parados.
Onde ficar em Alter do Chão
Eu amei ter ficado na Vila de Alter do Chão porque a gente podia fazer tudo a pé. Há opções de hospedagem em praias mais afastadas, mas eu acho bem complicado depender de transporte terrestre ou fluvial o tempo todo. Vimos uma turista perder um passeio de barco porque não conseguiu um táxi para chegar até o barco.
Nós escolhemos a Pousada Flora e adoramos. Os quartos são confortáveis e com ar-condicionado. O café da manhã era super caprichado e o atendimento, ótimo.
Veja os valores para reserva e avaliações da Pousada Flora.
Os melhores passeios
Os passeios mais famosos de Alter tem duração de um dia inteiro e são realizados de barco. Os preços precisam ser negociados diretamente nas associações de barqueiros que ficam no centro da vila de Alter ou contratados antecipadamente pela internet. Os roteiros são praticamente os mesmos e o ideal é que você reserve seus passeios com pelo menos um dia de antecedência porque a procura é muito grande e você pode ficar sem vagas.
Há algumas opções de barcos maiores, mas eu recomendo que você faça o passeio nas embarcações menores, em grupos de até 12 pessoas, para você poder aproveitar melhor cada atração.
Os principais passeios são Arapiuns, Canal do Jari e Flona. Por fim, no período de cheia, há ainda a opção de visitar a Floresta Encantada.
Programe-se também para ir ao carimbó, na Toca do Tatu. Foi difícil tirar a Alice de lá! Custa R$ 5 a entrada por pessoa.
Floresta encantada: um lugar que parece de conto de fadas

Fomos para a Floresta Encantada da maneira mais econômica e fácil: o ônibus da cidade.
A passagem custa apenas R$ 4,20 e o trajeto leva apenas 20 minutos. Peça pra descer no restaurante Caranazal. De lá, partem as canoas para o passeio.
O percurso de 30 minutos custa R$ 50 por canoa. Tem a opção do passeio de uma hora, com parada no Tapurury para banho de rio. Enfim, escolhemos este por R$ 80 e foi incrível!

O local do banho estava com profundidade média de 2,5m e ainda assim dava pra ver muitos peixinhos.
Nosso guia Marcelo, morador da comunidade, conhece cada cantinho dali. Então, colheu tucumãs e deu para a gente experimentar.
A Floresta Encantada é um dos passeios que só acontecem no período de cheia, que começou em janeiro.
Na volta do percurso de canoa, almoçamos no Caranazal. A comida estava uma delícia!

Canal do Jari: um dos passeios mais famosos em Alter no Chão

Quase todos os passeios de lancha começam às 9h. Depois de aproximadamente uma hora de navegação, entramos no Canal do Jari.
A primeira parada foi na Trilha das Preguiças, onde pudemos ver muitos saguis-das-mãos-amarelas que ficam por perto em busca de bananas.

Janeiro é o início do período de chuvas e a trilha estava com bastante lama. Eles fornecem galochas porque de chinelo não rola. Até o final do mês, a trilha será navegável. Alter é um destino que se transforma ao longo do ano e é fascinante ver o impacto do ciclo das chuvas em um local.
Vimos diversas árvores nativas, aves como o Urutau, um bicho-preguiça e até uma jiboia em um galho. Tem uma árvore maravilhosa na trilha, de aproximadamente 400 anos!
Você comeria vitória-régia?
Em seguida, partimos para o Jardim das Vitórias Régias. Dulce tem encantado todos os visitantes com as receitas veganas que ela criou usando todas as partes da vitória-régia. É realmente surpreendente! Tinha tempurá, geleia, pizza e até rabanada!
Dulce Oliveira começou a plantar as vitórias-régias em seu quintal e o local virou atração turística. Não satisfeita, estudou e fez muitas experiências até criar diversas delícias gastronômicas que usam todas as partes da vitória-régia.
Ao comprar o ingresso de entrada no jardim, você pode participar da degustação dos pratos. Os quitutes são veganos e surpreendem turistas do mundo todo.
Surpreendentemente tem chips com as fibras, geleia com as flores, rabanada com o caule, massa de pizza, mini quiches com vinagrete feito com caule e a folha e até tempurá.
Dulce é uma simpatia e está sempre acompanhada por Fortunato, um tucano da espécie araçari. O jovem Fortunato se perdeu da família, durante um temporal na região. Foi resgatado por Dulce e por lá ficou.

Mais diversão
Depois de um monte de petiscos gostosos da Dulce, fomos almoçar na Casa do Saulo, o restaurante mais famoso da região. A comida é deliciosa assim como o ambiente é lindo. Lá, tem piscina e também a praia do restaurante é praticamente particular.

Logo depois, o roteiro tem ainda uma parada para banho em Ponta de Pedras, uma praia com vários quiosques e, consequentemente, mais agito.
O passeio termina na Ponta do Cururu para ver um belíssimo pôr do sol. O retorno para Alter é por volta das 19h.

Roteiro da Flona: uma experiência inesquecível
A Floresta Nacional do Tapajós (Flona) é uma unidade de conservação de uso sustentável, onde é possível ter uma experiência incrível na floresta amazônica.
Depois de uma hora de lancha, chegamos na comunidade Jamaraquá para realizar a trilha na mata.
Quem acompanhou a gente foi o Eric. Os guias são locais, conhecem absurdamente a floresta e tem inúmeros treinamentos, além do comprometimento com a preservação do local, que é o quintal deles.
A caminhada até o igarapé tem 6km. Não tem nenhum ponto de extrema dificuldade porque as subidas são leves e a trilha é bem demarcada. Passamos repelente, mas praticamente não há pernilongos.

A experiência é única, mas vou ser bem sincera: não é um rolê para qualquer um. Foram mais de 5 horas para percorrer os quase 12km. Considere bem se as crianças estão acostumadas a andar bastante e se curtem este tipo de aventura.
Aprendendo na natureza
Conhecemos sementes, árvores, frutos, cheiros e gostos incomparáveis, sempre alternando a chuva e o sol.
Eric falou também sobre as crenças dos moradores da comunidade. Curupira, boto, espíritos, muitas histórias fascinantes…
Esqueci completamente de levar lanche. Por salvação, nosso lancheiro entregou um kit individual com uma fruta, um pacotinho de amendoim e um chocolate. No entanto, pelo menos água eu lembrei de levar…
O segundo trecho da trilha é de floresta primária e há árvores impressionantes, como uma samaúma de mais de 300 anos. Só para ilustrar, para abraçá-la, precisa de 17 pessoas.
Por fim, um quilômetro depois, é o igarapé. Água absurdamente cristalina, geladinha, perfeita para recuperar o fôlego pra volta da trilha. O retorno é sem parada (cerca de uma hora e meia).
O almoço foi no restaurante da comunidade. A gente escolhe o que irá comer antes de entrar na trilha. Na volta, nosso tambaqui assado estava prontinho e delicioso.
Paramos para assistir o pôr-do-sol na praia de Cajutuba e o Rudi ainda preparou um abacaxi com vinho, raspas de limão e sal grosso. Com toda certeza, um dia perfeito!
Antes de viajar, não esqueça de tomar a vacina contra febre amarela. Aqui neste artigo você encontra todas as informações sobre onde se vacinar.
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