Aqui tem uma série de coisas que você precisa saber antes de ir ao Japão. Muitas irão te surpreender, como idioma e transporte.
Dá pra ir pro Japão sem falar japonês?
Quando a gente pensa em uma viagem para o Japão, é natural pensar nos perrengues e nas dificuldades que poderão rolar, principalmente por causa do idioma. Nós não falamos nada em japonês. O melhor que conseguimos é dizer “bom dia” e “obrigada”.
Fato é que em muitos dos lugares que fomos realmente não se falava inglês. Mas como se virar?
Se eu tivesse que dar só uma dica para tornar perfeita sua viagem pro Japão seria o combo: conexão com internet + google.
Nós usamos omeuchip com um plano de internet ilimitada e foi graças a ele que não tivemos nenhum perrengue sério na viagem. Já chegamos conectados e usamos a internet para tudo, até pra pegar o trem certo e sair do aeroporto.
Combo da alegria
Pensa num chip que trabalhou! Para o transporte, o google maps funciona absurdamente. Mostra até em qual plataforma você deve embarcar. Até no dia que em que pegamos o trem errado, foi a internet e o google que tiraram a gente da roubada e evitaram que a gente tomasse uma multa.
E o google tradutor então? Usamos nos mercados, para perguntar coisas para pessoas, traduzir placas… em várias situações, tivemos que pesquisar o que eram as comidas, como vocês podem imaginar…
Além do combo da alegria (google + internet), é preciso ressaltar a hospitalidade dos japoneses. Mais de uma vez, literalmente pegaram a gente pela mão para colocar na direção certa quando pedimos informação. Eles compensam qualquer dificuldade com a gentileza!
Claro que em vários momentos ficamos sem entender uma palavra do que estavam falando com a gente, mas faz parte do jogo e o saldo final é que deu tudo certo.
E você, já viajou para algum destino que não entendia nada do que falavam com você?
Excesso de bagagem
Viajar com pouca bagagem para o Japão faz muita diferença e aqui estão alguns dos principais motivos:
– os quartos de hotéis são pequenos e você não terá nem onde colocar e abrir malas grandes. Afinal, um dos grandes problemas do Japão é a falta de espaço;
– quase não tem escada rolante no Japão. Sério, é bem raro ter escada rolante, inclusive nas estações de trem e metrô. Se precisar, você terá que procurar (e entrar na fila) dos elevadores para pessoas com mobilidade reduzida. Ou seja, você carregará suas malas muitos lances de escada;
– o transporte público funciona super bem, mas é sempre lotado. Para quem já usou o metrô em São Paulo, é como se toda estação fosse a Sé. Desembarca uma multidão e embarca outros milhares de passageiros. Estar com muita bagagem torna bem inviável usar o transporte público e, quando você ler o próximo item, vai perceber que trem/metrô é sua melhor opção para se deslocar no Japão;
– Uber e táxi são extremamente caros no Japão. Para você ter ideia, uma corrida do aeroporto de Narita (onde chega a maioria dos voos internacionais) até o centro da cidade custa, em média, mais de R$ 1.000. Sim, você leu certo. Mais de mil reais só pra ir do aeroporto até o seu hotel. Entendeu agora porque o transporte público por lá é a melhor escolha, né?
– se você for usar o shinkasen (trem-bala) e estiver com malas grandes, terá que reservar (e pagar por isto) um assento em um vagão que tenha onde colocar a bagagem. Se estiver apenas com mala de mão, tem espaço acima dos assentos.
A nossa mala é do tamanho permitido dentro da cabine do avião. Temos há alguns anos e gostamos muito da qualidade. Aqui tem uma opção do mesmo tamanho e marca.
Mas e se faltar alguma coisa?
Pode ir tranquilo com pouca bagagem que não vai te faltar nada. Vários itens deixamos para comprar lá, como filtro solar por exemplo. Outra coisa: todos os hotéis que ficamos tinham lavanderia com autoatendimento. Deixamos as roupas lavando enquanto a gente ficava na piscina. Fácil, barato e prático.
Outra dica importante: caso esteja viajando com crianças, não esqueça que você precisa estar com uma mão livre para segurar seu filho. Todo mundo é muito educado por lá, mas é um mar de gente por onde você anda!
E aí? Você consegue viajar com pouca bagagem ou é do time que leva a casa pensando no “vai que precisa”?
Banheiros e privadas
Quando pensamos em Japão, logo associamos com tecnologia, robôs e tudo que tem de mais moderno. Eu estava bem curiosa para ver grandes invenções, mas me surpreendi muito na nossa viagem.
Ao contrários de robôs e invenções mirabolantes, encontramos mais soluções muito práticas para o cotidiano.
O maior exemplo são as famosas privadas japonesas. Na real, o lance todo é muito mais que a privada. É o banheiro todo, desde o suporte para colocar crianças pequenas (gente, como não tem isto espalhado no mundo todo?) até os 800 botões e a regulagem da temperatura do assento.
Não posso deixar de falar da limpeza também porque 99,9% dos banheiros públicos estavam absurdamente limpos e, curiosamente, nunca vemos funcionários de limpeza em nenhum lugar. O banheiro do vídeo é público e fica em uma atração muito movimentada, o Castelo de Osaka.
Vale lembrar que, assim como em outros países, o papel higiênico deve ser jogado dentro da privada após o uso.
A impressão que eu tenho é que quem desenvolve os produtos no Japão pensa no usuário final, sabe? Só quem já usou um banheiro público com criança pequena sabe a dificuldade que é fazer a criaturinha não colocar a mão em absolutamente tudo enquanto te espera higienizar a privada. Aliás, um item que eu não viajo sem e está sempre na minha mochila é lenço antisséptico. É ótimo para usar no avião, em transportes públicos e antes de refeições.
O que (não) comprar no Japão
Uma das certezas que tínhamos antes de embarcar para o Japão é que a gente compraria várias coisas. Não somos viajantes consumistas, mas é uma terra de tentações.
Os preços são ótimos para várias coisas e muitas lojas oferecem tax free. Basta apresentar seu passaporte e eles concedem descontos de até 10% na hora.
Se você viaja com crianças, prepare-se. É tudo fofo, lindo e barato. Na Daiso, por exemplo, quase tudo na loja custa o equivalente a R$ 4. E ainda tem setores de personagens, como Hello Kitty e Doraemon. Haja determinação para se segurar!
Alguns brinquedos custam menos da metade do preço do Brasil, como os itens da Sylvanian Families. Quem conhece?
Nosso combinado foi comprar apenas coisas que não encontraríamos no Brasil ou que tivessem um preço absurdamente melhor. A Alice se acabou nos produtos que eram dos personagens do Ghibli e gastou todas as economias dela.
Eu bem queria ter trazido mais tranqueiras, cosméticos (muuuuito barato) e algumas comidinhas, como balas e salgadinhos, mas optamos em seguir com a bagagem de mão pra facilitar nossos deslocamentos.
Preço dos eletrônicos
O preço dos eletrônicos também surpreende. A dica é procurar produtos identificados como “overseas”, especialmente se você pretende comprar aparelhos de celular. Além da tecnologia ser diferente, ainda há um dispositivo de segurança que dispara som toda vez que você tira uma foto (e não dá pra desativar). Aqui no Brasil não seria tão legal, né?
A gente acabou comprando apenas um Nintendo Switch e alguns jogos. A Alice ganhou uma câmera Instax e o Rodrigo trouxe um notebook usado. Aliás, vale dizer que há muitas lojas de eletrônicos usados com preço matador. Os japoneses trocam bastante de produtos e vendem alguns itens praticamente novos.
Também compramos roupas na Uniqlo para nós 3 porque lá é ótimo o custo x benefício das peças. Já tínhamos programado e fomos com espaço na mala para isto.
Fica a dica também que lá no Japão o preço de malas é muito bom. Considere, se você gosta de fazer comprar, de ir com pouca bagagem e comprar uma mala nova por lá para colocar suas novas aquisições.
E você, conseguiria resistir?
Se você tem vontade de viajar para o Japão e não sabe nem por onde começar, confira aqui todos os posts do blog:
Como planejar uma viagem para o Japão
O que fazer em Tóquio: onde ir e onde ficar
Nosso roteiro de viagem no Japão: atrações e cidades
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Gostei das informações.
Que bom 🙂