Entenda como ficaram as compras internacionais com a mudança de IOF. Vale usar Nomad, Wise ou cartão de crédito?
O governo federal anunciou, em 22 de maio, mudanças importantes nas regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que impactam diretamente quem faz compras internacionais ou investe fora do Brasil. A principal alteração foi a unificação da alíquota do IOF em 3,5% para uma série de operações cambiais, como:
Compras no exterior com cartão de crédito, débito e pré-pago;
Remessas para contas internacionais (como Nomad e Wise);
Transferências para contas de pagamento no exterior.
Alguma horas depois, o governo revogou o aumento do IOF para aplicações de fundos nacionais no exterior, após forte reação do mercado e de gestores de investimentos.
Mas, afinal, o que muda para o consumidor comum? E agora: usar contas internacionais ainda vale a pena? Cartões que acumulam milhas continuam sendo vantajosos? Vamos por partes.
IOF igual para todos
Até então, uma das principais vantagens de usar plataformas como Nomad e Wise era o IOF reduzido de 1,1% nas remessas. Isso tornava essas carteiras digitais bastante atrativas para quem queria fugir da alíquota de 4,38% cobrada nos cartões de crédito internacionais.
Com a nova regra, todas essas operações passaram a ter alíquota única de 3,5%, o que, na prática, reduz a diferença de custo entre os meios de pagamento.
E agora, usar conta internacional ainda vale a pena?
Apesar da perda da vantagem fiscal, as contas internacionais continuam oferecendo uma taxa de câmbio muito mais próxima da cotação comercial, com spreads significativamente menores do que os aplicados por bancos tradicionais.
Os cartões de crédito brasileiros, por sua vez, além de cobrarem o IOF, ainda aplicam um spread que pode ultrapassar 5% em cima da cotação oficial do dólar. Ou seja, mesmo com o mesmo IOF, o custo final do cartão pode ser maior.
Se você vai fazer uma compra grande, planeja enviar valores altos ou quer controlar melhor o câmbio, as contas internacionais ainda são uma boa opção.
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E os cartões de crédito que acumulam milhas?
Aqui o cenário é mais estratégico. Para quem tem bons cartões que pontuam 2 a 2,5 milhas por dólar gasto, pagar com crédito internacional pode ainda compensar — desde que o usuário saiba usar as milhas de forma inteligente, convertendo pontos em passagens aéreas vantajosas, upgrades ou produtos com boa relação custo-benefício.
Ou seja, mesmo com o IOF de 3,5%, pode ser interessante manter os gastos no crédito se o programa de fidelidade for realmente vantajoso.
Porém, você precisa levar em conta o risco da variação cambial. Afinal, quando você compra moeda estrangeira com antecedência, consegue manter um valor médio de câmbio. Imagina que você tem uma viagem marcada para o ano que vem e bem neste período há alguma guerra, turbulência política ou outra questão que afete significativamente o câmbio. O impacto no valor final da sua viagem pode ser absurdo.
A regra mudou, mas o jogo ainda não acabou
No fim das contas, a melhor decisão ainda depende do seu perfil de consumo. Compare taxas, analise benefícios e escolha a ferramenta que mais se encaixa no seu momento financeiro.
Outras formas de economizar durante a viagem
Além de escolher a melhor forma de pagamento, existem outras estratégias que podem ajudar a reduzir custos e otimizar seu orçamento durante uma viagem internacional.
👉 Faça um seguro viagem adequado: embora seja um custo extra, o seguro viagem evita gastos inesperados em caso de emergência médica ou imprevistos. Assim, você viaja com mais segurança e evita surpresas desagradáveis. Use o comparador de preços da Real e garanta o melhor valor para a cobertura que deseja contratar. Com o cupom ALICEPELOMUNDO tem 4% de desconto no cartão e 9% no Pix.
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Mais dicas práticas
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👉 Leve uma garrafa de água reutilizável: Em muitos países, a água da torneira é potável. Portanto, encha sua garrafa e evite gastar com água mineral, o que pode fazer diferença no final do dia.
👉 Aposte em refeições locais: Restaurantes turísticos tendem a cobrar mais caro. Em vez disso, experimente comidas de rua, mercados municipais ou restaurantes frequentados por locais — além de economizar, você terá uma experiência mais autêntica.
👉 Use transporte público ou apps de mobilidade: Em vez de táxis, procure usar metrô, ônibus ou apps como Uber e Bolt, que costumam oferecer tarifas mais em conta. Além disso, em muitas cidades, cartões de transporte para turistas garantem descontos extras.
👉 Controle os gastos com aplicativos: Apps de gestão financeira ajudam a acompanhar cada despesa e manter o orçamento sob controle. Portanto, baixe um antes de viajar e registre todas as saídas em tempo real.
Em resumo, viajar com planejamento e atenção aos detalhes faz toda a diferença para aproveitar ao máximo e evitar surpresas no orçamento. Quer mais dicas ou tem dúvidas sobre como organizar suas finanças de viagem? Deixe um comentário!
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