A ideia de construir o Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu de São Paulo, foi do imigrante italiano Giuseppe Martinelli. Na época, eram raros prédios de mais de cinco andares na cidade.
A construção, no centro da Capital, começou em 1924 e o plano inicial era que tivesse 12 andares.
O cimento foi importado da Suécia e da Noruega. Trabalhavam mais de 600 operários e 90 artesãos italianos e espanhóis eram responsáveis pelo fino acabamento.
A população, entusiasmada com a altura do prédio, começou a pedir que aumentasse. O projeto passou de 12 andares para 14; depois, 18. Em 1928, chegou em 24. Martinelli, então responsável pelo projeto arquitetônico, passa a trabalhar também como pedreiro na obra.
Quando atingiu a marca de 24 andares, foi embargado por não ter licença. Depois de muita briga judicial, conseguiu a autorização para que chegasse a 25 andares.
Mas Martinelli queria mais. Construiu sua nova residência com cinco andares no topo do prédio. Durante nossa visita, pudemos ver como era a casa de Martinelli. Está em reformas, mas é bem espaçosa. O que impressiona mesmo é a vista do local: inacreditável. Tem um potencial turístico absurdo!
O Edifício Martinelli fica entre as ruas São Bento, São João e Líbero Badaró. Já abrigou o Cine Rosário, o luxuoso hotel São Bento, barbearias, lojas e uma igreja. Durante a Revolução de 1932, foi usado para abrigar armamentos e baterias antiaéreas.
As portas e janelas ainda são as mesmas da inauguração. Os pisos no terraço são 80% originais e os lustres são réplicas.
As visitas educativas tem aproximadamente uma hora de duração, mas estão suspensas por tempo indeterminado. Fique de olho nas informações em @edificiomartinelli.
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