A exposição Frida Kahlo: uma biografia imersiva é um verdadeiro mergulho na vida e na obra da pintora mexicana que revolucionou a arte com suas cores.
Ao visitar os 10 ambientes da exposição, você irá ver mais sobre sua maneira de criar, vestir, amar e viver.
A partir de 30 de junho, a exposição estará em cartaz no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, depois de um enorme sucesso em Salvador e em São Paulo.
Nós visitamos em São Paulo e amamos a experiência!
Infância de Frida Kahlo
Frida, que nasceu em 6 de julho de 1907, costumava mentir o ano de seu nascimento para dizer que nasceu durante a Revolução Mexicana de 1910.
Seu pai era um fotógrafo alemão bem sucedido, enquanto sua mãe era uma mexicana sem instruções e muito religiosa. Frida era a quarta de cinco irmãs. Além dos problemas financeiros que sua família vivia em virtude da guerra civil, Frida teve poliomielite aos 6 anos. Assim, os músculos da perna direita foram atrofiados e ela ficou com uma perna mais fina e mais curta que a outra. Para fugir das zombarias que sofria, Frida foi se fechando em seu mundo e vivia trancada na pequena biblioteca que o seu pai tinha na Casa Azul.
A adolescência
Aos 15 anos, Frida se tornou uma das 35 mulheres a conquistar um lugar entre os 2.000 alunos da Escola Preparatória de Ensino Médio. Assim garantiu sua vaga para estudar na Cidade do México, o que a deixava mais perto de seu sonho de cursar Medicina.
Foi neste período que, longe do controle rígido de sua mãe, conseguiu mostrar melhor sua personalidade. Frida fez novos amigos, que apresentaram para ela novas correntes de pensamento.
O acidente
Em 1925, sua história mudaria novamente. Ao retornar de ônibus para Coyoacán, depois de um período de aulas, notou que havia esquecido seu guarda-chuva. Voltou para buscar. Infelizmente quando pegou o ônibus seguinte, sofreu um grave acidente. O ônibus colidiu com um bonde. Os jornais chegaram a noticiar que Frida não tinha sobrevivido.
Frida passou meses imobilizada em sua cama. Sua mãe teve a brilhante ideia de instalar um cavalete e um espelho. Assim, Frida encontrou na arte sua terapia e a esperança de se recuperar.
Mais do que roupas
Um dos pontos mais marcantes da vida de Frida Kahlo foi a forma que se vestia, com suas saias, coques ornamentados com flores e suas blusas bordadas.
Ao mesmo tempo que projetava o orgulho de suas raízes mexicanas, escondia sua perna deformada pela poliomielite e o espartilho que endireitava suas costas.
Em qualquer ambiente, com seu estilo, Frida representava a terra e as reivindicações indígenas.
Um amor muitas vezes incompreendido
A exposição mostra também momentos de seu romance e percalços com seu grande companheiro Diego Rivera. Em sintonia com suas ideologias políticas, muitas vezes não foram tão harmoniosos no amor. Diego traiu Frida muitas vezes e a história mistura alegria e sofrimento.
Foi com Diego que Frida foi morar nos Estados Unidos e viveu um período de grandes contradições. Os dois, grandes defensores do comunismo, desfilavam por eventos promovidos por grandes empresários americanos.
A representação da dor
Dois assuntos bem difíceis são tratados na exposição imersiva Frida Kahlo de uma forma muito impactante. Primeiramente, o acidente e as dores físicas que Frida sentia. Depois, uma das sequelas mais tristes do episódio: Frida nunca conseguiu realizar o sonho de ser mãe.
Adoramos o formato da exposição que apresenta tanto salas de projeções como instalações. É possível ver a trajetória de Frida, que mistura arte, política e amor. Se você é fã de Frida, precisa ir!
Frida para crianças
Se você quiser apresentar Frida Kahlo para as crianças, há muitos títulos disponíveis. Um dos que mais gosto é Frida Kahlo: para meninas e meninos. No livro, as crianças aprendem que Frida é quase uma antiprincesa, que mostrou o corpo embora fosse manca, pintou em tela nos momentos mais tristes e felizes de sua vida. Apesar de todos os sofrimentos físicos, usou a arte e a alegria para lutar por um mundo mais justo.
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