Se você procura dicas de onde comer, onde ficar e o que fazer em San Francisco, aqui tem nosso roteiro com dicas e passeios imperdíveis por esta cidade.
Nós começamos nosso roteiro pela Califórnia por San Francisco. Depois, seguimos para Los Angeles e, por fim, Las Vegas.
Nosso voo para San Francisco tinha uma conexão curta em Atlanta. O primeiro voo atrasou para sair de São Paulo, o que fez a gente perder a conexão. A Delta nos acomodou apenas para o dia seguinte, mas conversamos no balcão da companhia lá em Atlanta e eles deixaram a gente tentar embarcar no próximo voo para San Francisco se houvesse vaga. Ficamos esperando lá no portão de embarque e acabou dando certo. Porém, este rolê todo custou um atraso de algumas boas horas, que me obrigou a remanejar as atividades do primeiro dia.
Inicialmente, nós chegaríamos de manhã, deixaríamos as malas no hotel e, depois do almoço, faríamos um free tour pelo bairro de Castro e Mission District, dois dos bairros mais rebeldes e artísticos de San Francisco.
Como só chegamos no final da tarde, optamos em circular na região próxima ao nosso hotel. Aliás, escolhemos o Found Union Square e a localização foi maravilhosa para conhecer a cidade. Mas daqui a pouco falo mais do hotel…
Para ir do aeroporto ao centro é bastante fácil. Até o nosso hotel, que ficava pertinho da Union Square, precisamos pegar apenas um trem. Levou cerca de 30 minutos. Basta procurar as placas que indicam BART – Trains do City. Para pagar, você pode baixar o app do Clipper no celular e colocar crédito ou comprar um cartão recarregável nas máquinas. Importante: cada pessoa precisa de um cartão.
Free tour por San Francisco
Começamos nosso segundo dia com um Free Tour pelas ruas de São Francisco. A caminhada começou pela Union Square, bem pertinho do nosso hotel.
Seguimos até Maiden Lane, uma das ruas comerciais mais conhecidas da cidade, repleta de galerias de arte e lojas.
Fomos conhecer o Distrito Financeiro de São Francisco e ver o edifício da antiga Bolsa do Pacífico, a Transamerica Pyramid, o prédio mais característico da cidade.
A caminhada passou ainda pela Dragon Gate, a porta de entrada para Chinatown. Aliás, você sabia que São Francisco tem a segunda maior comunidade chinesa dos Estados Unidos?
Visitamos uma loja artesanal de bolachas chinesas para conhecer a cultura asiática e adoramos.
O free tour terminou no Centro Financeiro, mas a Alice quis voltar para Chinatown para almoçar por lá. Escolhemos o House of Nanking e a comida estava muito saborosa. Bem temperada, com preço justo. O restaurante é bem famoso, porém bem simples, sem luxos.
Pegamos o metrô e seguimos para Castro, para conhecer o bairro famoso pela luta pelos direitos das minorias.
O que fazer em Castro, em San Francisco
Castro, o primeiro bairro gay do mundo, foi palco de muitos ativistas. Caminhar por suas ruas é transitar por uma história de lutas e conquistas. Aliás, é lá que se encontra a maior comunidade LGBT de San Francisco.
Se você chegar lá de metrô, já encontrará uma escada rolante nas cores do arco-íris. Na saída da estação, poderá conferir a Praça Harvey Milk.
Harvey Bernard Milk foi o primeiro homem declaradamente gay a ser eleito para um cargo público na Califórnia. Exerceu seu mandato como supervisor da cidade (equivalente a um vereador) por 11 meses e foi responsável pela aprovação de uma lei rigorosa sobre direitos gays para a cidade. Porém, sua carreira foi interrompida em novembro de 1978 por um crime brutal. Ele e o prefeito George Moscone foram assassinados por Dan White, outro supervisor de San Francisco, que havia renunciado seu mandato mas desejava voltar às suas funções. E, evidentemente, tinha um posicionamento político bem diferente de suas vítimas.
Se quiser conhecer mais sobre a história de Harvey Milk, você pode ler Who Was Harvey Milk?
Bem ali do lado, você poderá observar o Pink Triangle Park, que é uma homenagem às vítimas do Nazismo. Os triângulos de concreto homenageiam os quase 15.000 gays assassinados durante o regime de Hitler. Fica em um pequeno jardim, na Market Street, do outro lado da rua onde fica a bandeira da Praça Harvey Milk.
História e diversão
O local mais badalado de Castro fica em frente à estação. É o famoso Twin Peaks, o primeiro bar de Castro que teve janelas. Antes, os bares que atendiam o público LGBT eram bem escondidos, em porões.
Siga caminhando em direção ao cruzamento da Castro com a 18th St para atravessar a faixa de pedestre mais colorida da cidade. No percurso, divirta-se com as vitrines de lojas que vendem produtos bem diferentes (alguns não apropriados para crianças).
Não deixe de observar no trajeto o teatro Castro e sua belíssima construção. Se possível, agende um free tour por Castro para aprender ainda mais sobre a história da cidade.
Píer 39 e Hard Rock Café
Seguimos para o Píer 39, onde vive uma colônia de leões marinhos e você pode se deliciar com muitas lojas e restaurantes.
Que a gente é fã de rock vocês já sabem, né? Mais um motivo para, nas nossas viagens, a Alice sempre pede para ir jantar um dia e conhecer mais um Hard Rock Cafe.
Claro que em São Francisco não seria diferente! Afinal, a cidade tem história nos turbulentos anos 60, com protestos políticos e uma cena musical inovadora.
O Hard Rock Cafe é um dos lugares mais movimentados do Pier 39, em São Francisco. Além dos lanches, ainda é possível conferir itens originais de Kate Perry, Metallica, Janis Joplin e muito mais!
Reservamos antecipadamente nosso jantar no Hard Rock Café pelo GetYourGuide. Escolhemos o menu acústico que tem um prato, sobremesa e bebida. Tem ainda a opção do menu elétrico, com entrada, prato, sobremesa e bebidas.
Esta unidade tem vista para Alcatraz, Golden Gate e Bay Bridges, além da Baía de São Francisco. Perfeito, né?
Voltamos de bonde elétrico até o hotel.
Cable Car: o famoso bondinho de San Francisco
Acordamos cedo porque nosso objetivo era pegar o bondinho Cable Car por volta das 7h (funciona a partir das 6h) para ir até a Lombard Street. O ponto inicial é o cruzamento entre as ruas Powell e Market. Ali é o ponto de partida de duas das três linhas do bonde de São Francisco.
Ao pegar o bondinho na plataforma inicial, você vai ver um dos sistemas de girar bondes mais antigos e manuais do mundo. Como o bondinho é pesado, precisa girar em uma plataforma de madeira.
A ideia era esta, mas a gente deu de cara com uma manutenção na linha que faz o sentido Powell – Hyde. A solução foi fazer um trecho de ônibus (disponibilizado gratuitamente para suprir a linha) e pegar o bondinho mais adiante, pelo menos para matar a vontade.
Como embarcamos no bondinho no meio do caminho, compramos o bilhete direto com o maquinista. A dica é ficar do lado direito do bondinho porque a vista é mais bonita.
Durante o percurso você passa por ladeiras íngremes e tem lindas vistas da Bay Bridge e da baía de São Francisco.
Lombard Street: a rua mais torta da Califórnia
Descemos no topo da Lombard Street, uma rua tão inclinada que ganhou curvas para evitar acidentes. A forma inusitada da via virou cartão postal da cidade.
Desça caminhando a rua torta e garanta os melhores cliques lá de baixo. Achamos muito curioso que há várias residências neste trecho porque deve ser bem inusitado morar em um ponto turístico. Na primavera, deve ser encantador com todas as flores abertas.
Importante dizer que, se você pegar o bondinho na linha Powell – Mason, você irá parar na parte de baixo da Lombard Street e certamente irá se arrepender de ter que encarar uma memorável subida pra ver a rua torta do alto.
Caminhamos até o Red And White Fleet, no Pier 43 ½ para embarcar para um passeio de barco. O trajeto é encantador e rende muitas fotos em frente de casinhas que parecem ser de um cenário de filme.
Passeio de barco e leões marinhos
Que tal ver a Golden Gate e o presídio de Alcatraz bem de pertinho? Escolhemos um cruzeiro para conhecer mais San Francisco.
Reservamos o cruzeiro pela Baía da Golden Gate pela e pudemos passar por baixo da Golden Gate e ver detalhes da ponte mais famosa da cidade.
A Alice estava ansiosa para chegar bem pertinho de Alcatraz porque ela adora histórias de prisões. Aliás, vocês sabem que tem uma teoria que os três únicos fugitivos de Alcatraz estão vivos e mora no Brasil? Será?
Inclusive é possível fazer o cruzeiro de barco com entrada para visitação em Alcatraz. Deve ser uma experiência bem diferente.
Orla de San Francisco
Adoramos o passeio. O barco parte da orla onde fica a Boudin Bakery, uma padaria bonitona famosa pelo clam chowder, uma sopa cremosa de mariscos servida no pão. Também experimentamos a sopa de tomate. As duas são bem gostosinhas e são uma ótima pedida para um dia frio. Excelente opção de almoço.
É legal observar a vitrine de pães na frente da loja porque você verá pães em formatos bem diferentes: urso, tartaruga, caranguejo… Por ali dá para ter ideia do volume de pães que a padaria produz diariamente!
Aliás, a rua é lotada de opções de lojas, como a IT´Sugar.
Dali, caminhamos até a Ghirardelli Square, a loja mais famosa de San Francisco. Na praça, funcionava a primeira fábrica da marca de chocolates. A Alice pediu um sundae, que é o carro-chefe do lugar. Honestamente, a gente esperava mais. É gostoso, mas não justifica a fama.
A Alice curtiu um pouco da praia que fica em frente e voltamos caminhando até o Pier 43. No dia anterior, a gente viu o grupo de leões marinhos que moram ali mas já era noite. Quisemos voltar para ver estas belezinhas de dia. E valeu muito a pena.
Pegamos novamente o bonde elétrico para ir dormir no hotel.
Pé na estrada: roadtrip pela Califórnia
No dia seguinte, o Rodrigo foi até o aeroporto buscar o carro que alugamos para percorrer as maravilhosas estradas da Califórnia. Enquanto isso, eu e a Alice ficamos fechando as malas no hotel.
Alugamos nosso carro no Brasil pela RentCars e foi bem simples o processo de retirada porque já estava tudo certinho, confirmado e pago. É um comparador de preços e assim você garante sempre o melhor valor. Reserve aqui um carro para a sua roatrip na Califórnia.
Antes de partir da cidade, fizemos questão de passar pela Golden Gate de carro. Fica a dica que tem um local para estacionar no final da ponte com uma vista linda da ponte e de San Francisco.
Confira como foi nossa viagem de San Francisco até Los Angeles.
Onde ficar em San Francisco
Nossa escolha foi o Found Union Square, bem na região central da cidade. Achei a localização fantástica, com fácil acesso do aeroporto (apenas um trem) e transporte rápido para todos as outras atrações da cidade.
Na verdade, alguns passeios, como o Free Tour que fizemos pelo centro, parte da própria Union Square. Ali, durante o inverno, também funciona uma pista de patinação que obviamente a Alice quis testar.
Apesar de ser um hotel, o quarto lembrou bastante o hostel Next House que ficamos em Copenhagen. Acredito que foi porque também eram beliches. Aliás, cada cama tem iluminação própria, um gavetão para guardar itens pessoais, além de tomadas e entradas USB.
Nas áreas comuns, o Found Union Square oferece uma sala de descanso, lavanderia e uma cozinha, que usamos bastante para nossos cafés da manhã e jantares. Ali, ficam disponíveis gratuitamente cápsulas de café, sachês de chá, leite, água potável e gelo.
O Found Union tem um excelente custo x benefício, mas há outras boas opções na região. Para quem procura algo mais econômico, tem o Beresford Arms. Por outro lado, para quem não abre mão do requinte, vale a pena conferir os valores e a disponibilidade do Hilton San Francisco, do Hyatt Regency San Francisco e do The Ritz-Carlton.
Como é a segurança em San Francisco
Se você está planejando uma viagem para a Califórnia, imagino que já leu os inúmeros relatos sobre a crise de segurança do local. Então, vou falar sobre a nossa experiência!
Vimos avisos em muitos locais públicos, especialmente em estacionamentos, para que se tome cuidado ao deixar pertences dentro dos automóveis. Há muitos casos de vandalismo e realmente você precisa ficar atento.
Paralelo a isto, em San Francisco, há uma quantidade absurda de pessoas em situação de rua. Nossa guia do Free Tour contou que isto começou há alguns anos, quando o governo fechou os serviços de atendimento psiquiátrico. Daí em diante virou uma bola de neve. Como San Francisco oferece atendimento de saúde gratuito aos moradores da cidade e as temperaturas da cidade são bem amenas (nem tão quente no verão nem tão frio no inverno), a cidade começou a receber centenas de pessoas sem casa para viver por suas ruas. Por mais esforços que o governo local tenha para resolver a situação, não para de chegar gente. Ou seja, prepare-se para encontrar muitas pessoas vivendo pelas ruas.
Não estou de forma alguma relacionando estas pessoas aos casos de vandalismo, mas é uma questão que você precisa considerar principalmente se você viaja com crianças. Muitas destas pessoas em situação de rua tem problemas psiquiátricos e/ou com drogas e álcool. Em alguns momentos, eles podem parecer agressivos. Converse com as crianças e explique para que elas não se assustem porque algumas vezes eles gritam com a gente. Aconteceu muitas vezes durante nossos dias em San Francisco.
Como é o transporte público em San Francisco
San Francisco é uma cidade populosa e agitada. O transporte público é eficiente, mas acredito que não tivemos muita sorte porque nos dias que estávamos por lá algumas linhas não estavam funcionando. Mesmo assim, conseguimos nos movimentar bem pela cidade.
Para quem não quer se preocupar com nada, o ônibus Hop-on Hop-off pode ser uma boa pedida. Você escolhe se quer contratar por 24, 48 ou 72 horas e tem direito a subir e descer do ônibus nos principais pontos turísticos quantas vezes quiser. Este tipo de transporte é excelente se você não pretende ou não pode caminhar muito.
Outra solução que funciona bem por lá são os aplicativos de transportes. Usamos o Uber, mas o Lyft também é popular na região.
Para quem curte tecnologia, vale experimentar o transporte por carro autônomo. Em San Francisco, é comum ver carros sem motoristas circulando pela cidade. É difícil acostumar com a cena, mas deve ser uma experiência bem interessante. Eu queria, mas o Rodrigo (que é da área de tecnologia) não animou.
Alugar um carro para conhecer a cidade não é a melhor opção porque, além dos congestionamentos, há outro inimigo: o valor dos estacionamentos. Faça como a gente e deixe para pegar o carro só no último dia quando for seguir viagem em direção a Los Angeles.
Como economizar nos Estados Unidos
Durante nossa viagem, usamos o cartão da Nomad. É uma conta global que não tem taxa de abertura nem taxa mensal de manutenção.
A principal vantagem desta conta é que você economiza muito em relação aos cartões de crédito tradicionais. A cotação utilizada é a do dólar comercial, que é mais barato até que casa de câmbio. Sem contar o IOF. No cartão de crédito, é 4,38% e no cartão Nomad, 1,1%.
Além dos Estados Unidos, o cartão Nomad é aceito em mais de 180 países, além de ser compatível com as principais carteiras digitais (Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay).
Aproveita e abra a sua conta Nomad e ganhe até US$ 20 de cashback na primeira operação de câmbio. Basta usar o cupom ALICEPELOMUNDO20 e garantir 2% de cashback após a primeira remessa feita em até 15 dias da abertura da conta.
Outra dica fundamental é que você não deve viajar para os Estados Unidos sem seguro saúde. Não há sistema público de saúde por lá e você pode ter que gastar o valor de um carro em apenas um simples procedimento de emergência. Confira como escolher seguro de viagem para o Estados Unidos.
Comments (5)