Uma das coisas mais difíceis ao planejar uma viagem é decidir como montar o seu roteiro. E para o Japão parece ser ainda mais difícil porque é um destino fascinante e não é fácil decidir quais atrações e cidades que você irá visitar durante sua viagem. Para te ajudar nesta missão, aqui está o nosso roteiro de viagem no Japão, dia a dia, com dicas sobre as principais atrações que visitamos.
A nossa chegada
Partimos de São Paulo pela United e tivemos uma conexão de algumas horas em Washington, nos Estados Unidos. Confira aqui como é voar com a United Airlines e fazer conexão no aeroporto de Washington.
Então, seguimos para Tóquio, pela companhia aérea japonesa ANA. Chegamos no meio da tarde e este dia nem considerei no roteiro porque reservei para descansarmos.
O meu conselho é que você faça o mesmo porque os voos são longos e o fuso é pesado. Tente ao máximo deixar para dormir já no horário “certo” do Japão porque vai te ajudar muito a entrar no novo fuso. Foi exatamente o que fizemos. Mesmo bem cansados, fizemos nosso checkin no hotel e saímos para comer e explorar um pouco o que tinha por perto.
Dia 1 – Tóquio: Asakusa, Parque Ueno e Tokyo Sky Tree
Nosso primeiro dia em Tóquio foi incrível. Começamos o dia em Asakusa, um bairro super tradicional de Tóquio. É lá que fica um dos templos mais visitados do Japão: o Sensoji.

Experimentamos algumas comidinhas na Nakamise Street e logo depois seguimos para o Parque Ueno.
Antes de mais nada, paramos para almoçar em um sushi de esteira e foi uma delícia!
O Parque Ueno é conhecido como o lar dos templos budistas, além de abrigar alguns museu. É um templo mais lindo que o outro.
Depois de andarmos muito, fechamos nosso dia na Tokyo Sky Tree, a segunda torre mais alta do mundo. Que vista impressionante! Reserve antecipadamente seu ingresso para a Tokyo Sky Tree porque costuma esgotar rapidinho.
Dia 2 – Tóquio: ilha de Odaiba e Shibuya
Teve muito calor, andanças e matcha pra Alice. Começamos o dia na Ilha de Odaiba. Uma parte do trajeto é feito em um monotrilho que cruza a Rainbow Bridge, a famosa ponte do arco-íris. Já buscamos um lugar na frente pra ver tudo!
Aproveitamos para conferir a estátua do robô gigante Gundam. É a atração mais nerd da região e o robô se transforma algumas vezes ao dia. Fica em frente ao shopping Diver City Tokyo Plaza.
Então, seguimos para uma das atrações mais esperada por mim: o teamLab Planets Tokyo, um museu interativo com uma experiência sensorial única. É surpreendentemente incrível!

Depois, fomos almoçar no mercado de peixes Toyosu Market. Em 2018, o famoso Mercado de Peixes de Tsukiji (aquele onde acontecem os leilões de atum de madrugada) mudou de nome e endereço: foi para a ilha de Toyosu em Odaiba, bem pertinho do teamLab.
Comemos os sushis mais frescos da vida. O Toyosu ocupa três prédios: um para atacado de frutas e vegetais e outros dois para atacado de frutos do mar e vegetais. É possível observar a movimentação do mercado por janelas nas passarelas. Você pode ainda comprar produtos no varejo no Uogashi Yokocho Market.
Leia também: teamLab Planets Tokyo: arte digital interativa
Shibuya: o cruzamento mais cheio do mundo

Seguimos para Shibuya para atravessar o cruzamento mais famoso e cheio do mundo. Que experiência diferente estar em um verdadeiro formigueiro humano…
É ali que fica também a estátua do cão Akita Hachikō, lembrado por sua lealdade inabalável ao seu falecido dono.
Partimos então para a Takeshita Street, uma rua de 400 metros repleta de lojas, comidas e diversão. A Alice estava ansiosa pra ir lá provar o algodão doce de arco-íris e os famosos crepes da Marion.
Por fim, fomos a um escritório da empresa JR trocar nosso voucher de transporte pelo JR Pass que dá direito a usar ilimitadamente 14 dias de transporte no Japão.
Dia 3: Yokohama
Começamos a usar nosso JR Pass e fizemos um bate-volta para Yokohama, que fica bem pertinho de Tóquio. A cidade é uma graça e nossa primeira parada foi o Cupnoodles Museum. Sim, os japoneses gostam tanto que tem milhares de tipos e até um museu sobre o produto.
A Alice adorou fazer seu próprio cupnoodle, desde a customização do copo até a escolha dos ingredientes. Eles fornecem uma embalagem que protege o produto e permite que você traga em segurança até o Brasil.

A poucos minutos dali, na Baía de Yokohama, tem o Red Brick Warehouse, um antigo galpão que virou uma galeria, espaço para lojas e restaurantes. Os dois prédios têm, ao mesmo tempo, estilo rústico e moderno. Misturam elementos das arquiteturas japonesa e europeia.
Na década de 1920, os armazéns funcionavam como a casa de inspeção aduaneira para os barcos. Hoje, abriga lojas modernas e vários restaurantes.
Caminhamos cerca de 1 km e chegamos na maior Chinatown do Japão. O bairro tem mais de 300 lojas e restaurantes. A gente perdeu o controle comendo por lá. Provamos tudo que vimos na frente e era tudo delicioso!
É lá que fica também o templo Kuan Ti Miao (Kanteibyo Temple), cheio de cores, dragões e lanternas.
Nossa última parada em Yokohama foi o Ramen Museum, que conta a história e mostra os diferentes tipos de ramen consumidos em cada região do país. Lá tem um espaço lindo que reproduz o Japão de antigamente e vários restaurantes. A gente tinha planejado jantar lá, mas sem condições depois de tudo que comemos na Chinatown.
Pra fechar bem o dia, voltamos de shinkansen (trem-bala) para Tóquio.
Dia 4 – Tóquio: Museu Ghibli e Ginza
Nossa primeira parada foi o Museu Ghibli, uma das atrações mais concorridos do Japão.
O Museu Ghibli fica em Mitaka, subúrbio de Tóquio. É um museu de arte dedicado às produções do Estúdio Ghibli, que produziu animações como Meu Amigo Totoro, O Serviço de Entregas de Kiki e A Viagem de Chihiro. Se você é fã, assim como a Alice, precisa ir! É de uma delicadeza sem fim.
De lá seguimos para Ginza , o distrito mais chique do Japão. Que espetáculo!
Fomos direto pra um lugar nada chique, mas sensacional: Kagari Ramen. É um restaurante especializado em ramens a base de frango, recomendado pelo Guia Michelin. Custamos achar o local que fica num beco, mas logo avistamos a fila. Que comida deliciosa. Foi uns R$ 50 cada prato.
Depois, muito bem alimentados, fomos explorar o bairro. Os prédios das lojas de grife são verdadeiros espetáculos. O da Louis Vitton é como uma grande aquário. Realmente é muito bom ver o rico viver.
É nesta região que fica a maior loja da Uniqlo do mundo e tem também uma loja enorme de brinquedos. Os preços são muito bom comparados ao Brasil e não é fácil resistir!
Tem ainda o Ginza 6, que tem um lindo observatório com jardim no último andar (gratuito) e o Ginza Place, que nos primeiros andares exibe carros de luxo da Nissan e nos andares superiores todas as novidades da Sony.
Ainda passamos na Hibiya Godzilla Square, onde fica a estátua do Godzilla. É neste bairro que surgiu a produtora de cinema Toho, responsável pelos filmes do monstro. Reza a lenda que dentro da estátua está guardado o roteiro original do primeiro filme do Godzilla, de 1954.
Leia também: Tóquio: o que fazer e onde ficar
Dia 5 – Kyoto: cerimônia do chá e banho no onsen
Saímos cedo de Tóquio e viemos para Kyoto de shinkansen, o trem-bala. O trajeto leva menos de 3 horas.
Chegamos em Kyoto e fomos diretamente participar da Cerimônia do Chá Ju-An no Templo Jotokuji.
Experimentamos o matcha e ainda aprendemos sobre este ritual e o seu significado na cultural japonesa.
Sem contar que o cenário desta aula não poderia ser mais adequado! Foi incrível porque pudemos escolher uma experiência legitimamente japonesa dentro de um templo cheio de história.

Depois da cerimônia, voltamos pro hotel, onde tem um spa. Aqui no Japão, os onsens são muito populares. São banhos termais e a grande diferença cultural é que não se usa roupa de banho. Sim, a gente entra na piscina do jeitinho que veio ao mundo!
Ah, mas vale dizer que homens e mulheres não ficam juntos… E tem outro porém: não são permitidas pessoas com tatuagem.
Nós gostamos bastante. Não tem nada melhor que poder proporcionar estas experiências para Alice. Tenho certeza absoluta que esta riqueza ninguém tira dela!
Leia também: Como funciona um onsen no Japão?
Dia 6 – Kyoto: Castelo de Nijo e Templo Kiumizudera
Começamos o dia visitando o Castelo de Nijo, que fica bem próximo ao nosso hotel.
Construído em 1603, o local guarda a história de Kyoto e é patrimônio mundial da Unesco.
Reserve algumas horas para visitar para apreciar os jardins e observar a área interna, rica em detalhes.
Do castelo, seguimos para o Templo Kiumizudera, que fica bem no alto da cordilheira Higashiyama.
A subida é feita por uma rua cheia de lojas com docinhos tradicionais e lembrancinhas.
Kiumizudera significa o templo da água pura. O nome é uma homenagem a uma cachoeira que corria no local. Você pode beber um golinho da fonte de água do templo na parte de baixo. A pequena cachoeira Otowa tem três tipos de água e cada uma te dá um benefício diferente: vida longa, sucesso na escola/trabalho e uma vida amorosa de sucesso. Atenção, só não vale beber das três águas porque o efeito pode ser revesso. Os japoneses bebem uma ou no máximo duas águas diferentes.
A área do templo é enorme. Esteja preparado para caminhar bastante, ao lado de muita gente que aluga quimonos pra esta visita…
Na saída do templo, tem a Donguri Kyowakoku (a loja Ghibli Store, com um Totoro grande para tirar foto) e a Starbucks Kyoto Ninenzaka Yasaka Chaya, que tem arquitetura antiga estilo casa de chá com tatame.
Ainda encontramos um restaurante tradicional que faz Okonomiyaki, um dos pratos mais famosos da região. É uma fritada na chapa cheia de legumes. Achamos uma delícia!
Dia 7: Kyoto – reencontros e passeio!
Que dia especial vivemos no Japão. Dois grandes amigos de infância do Rodrigo vivem no Japão há mais de 20 anos. Eles vieram nos encontrar com suas famílias em Kyoto e foi incrível. Teve muita risada, conversas e passeio, claro.
Começamos nosso dia no Fushimi Inari, um conjunto de mais de 2000 Toris vermelhos que sobe as montanhas de Fushimi.
A volta completa ao templo leva cerca de 2 horas, mas com uns 30 minutos de caminhada já dá para ter uma visão bem interessante.
O Fushimi Inari é um templo dedicado ao Deus Inari, o Deus Shintoista do arroz, e as raposas que você verá no passeio são as mensageiras desse Deus.
Seguimos para um dos templos mais bonitos do Japão: Kinkaku-ji, o templo de ouro. O pavilhão de 3 andares é coberto de folhas de ouro e é patrimônio mundial da Unesco.
No almoço, nossos amigos nos levaram pra comer Udon acompanhado de tempurá. Já no jantar em uma rede famosa que serve curry. Nada como estar com quem entende japonês pra pedir tudo certinho pra gente.
Leia também: O que fazer em Kyoto: onde ir e onde ficar
Dia 8: Osaka – Dotonbori

Partimos de Kyoto para Osaka de manhã. O trajeto é rápido. O passe de trem está incluído no nosso JR Pass de 14 dias. Guardamos as malas no hotel e fomos direto pro fervo de Dotonbori, onde fica o famoso painel Glico.
Lá tem dezenas de lojas e restaurantes, com fachadas super chamativas.
Um dos pratos mais típicos de Osaka é o takoyaki, uns bolinhos feitos de polvo em uma chapa. A cada esquina você encontra uma fila de pessoas comprando as porções.
Experimentamos alguns e ficamos surpresos porque é muito diferente do que adoramos comer na Liberdade. Aqui o bolinho é bem mole. Chega a se despedaçar quando você pega…
As ruas são bem movimentadas e, ao mesmo tempo, é uma parte do Japão bem diferente.
Dia 9: bate-volta para Nara e TeamLab no Jardim Botânico de Osaka
Tomamos café e partimos para Nara, uma cidade que tem muitos templos e que já foi capital do Japão. A cidade é conhecida pela presença de veados que caminham livremente e interagem com os turistas.
Eu e Alice estávamos doidas para ver os bichinhos e foi incrível. Mas eu tenho uma dica: não compre os biscoitos que são vendidos para alimentá-los. Eles ficam bem “ansiosos” e partem para tomar dos turistas. Ou seja, a experiência é mais tranquila se você não der comida.
No Parque Nara, além de ver muitos bambis, você encontra vários templos como o Tōdai-ji, que abriga um imenso Buda dentro da maior construção de madeira existente no mundo.
É ali também que fica o templo Kasuga, famoso por suas 3 mil lanternas.
Nós fizemos nosso percurso pela cidade de ônibus, mas se você preferir pode contratar um passeio guiado em Nara também. Há ainda a opção de comprar uma excursão para Nara saindo de Quioto.
Depois de explorar o parque, voltamos para Osaka porque tínhamos um compromisso imperdível: visitar o teamLab do Jardim Botânico.
A atração só funciona durante a noite e é um espetáculo impressionante. Luzes, sons e instalações transformam um jardim botânico em um grande museu imersivo, integrado perfeitamente com a natureza.
Se você pretende ir pra Osaka, não deixe de fazer este bate-volta pra Nara, assim como visitar o teamLab. Tenho certeza que você vai amar!
Dia 10 – Universal Studios de Osaka

Já que era meu aniversário, nada melhor que comemorar em grande estilo, não é mesmo?
Fomos conhecer a Universal Studios do Japão. É bem fácil de chegar: tem uma estação de trem bem na porta do parque e a linha é coberta pelo JR Pass. O parque tem muitas atrações parecidas e até iguais as de Orlando, mas tem algumas áreas exclusivas.
O mais incrível e disputado é o parque do Mario Bros que fica lá dentro. O único problema é que você precisa resgatar um ingresso pra acessar esta área e esgota rapidinho.
Pesquisei bastante e fui com tudo mastigadinho. Não tem segredo. Compra o ingresso antecipado pra Universal e cadastra seus ingressos no app do parque. Logo que entrar no parque (no primeiro horário possível) e validar seu ingresso na catraca, já abre a possibilidade de agendar no app a área do Mario. Deu certinho e garantimos assim o acesso (que não tem nenhum custo extra).
Veja como foi nossa experiência por lá e saiba tudo sobre o parque:
Universal Studios do Japão e o Super Nintendo World
Dia 11 – Osaka: castelo, mercado de peixes e templo
Nosso dia começou em um dos cartões postais da cidade: o Castelo de Osaka, que fica dentro de um parque lindo e enorme.
O Castelo de Osaka é de 1583, mas sua principal torre é bem mais jovem. Foi reconstruída em 1931.
Durante a visita, é possível entender mais sobre as sangrentas lutas de poder que levaram à fundação da era Edo no Japão.
No último andar do castelo, tem um terraço com uma vista linda de Osaka.
E dentro do parque ainda tinha um parquinho enorme. Alice aproveitou, claro!
Seguimos para almoçar no Kuromon Ichiba Market, um mercado especializado em frutos do mar. A gente se esbaldou por lá, experimentando de ouriço a pata de caranguejo gigante.
E daí chegamos no templo mais diferentão da viagem: Namba Yasaka Shrine. Ainda demos sorte bem na hora que estava rolando uma celebração. Adoramos!
Aliás, que cidade gostosa de visitar: animada, divertida, cheia de cores… Osaka é o lado B do Japão e seus moradores são mais do “contra”. Os cabelos e o jeito de se vestir (principalmente das mulheres) são bem mais moderninhos.
Leia também: O que fazer em Osaka: onde ir e onde ficar
Dia 12 – Hiroshima
Saímos cedo de Osaka e fomos de trem para conhecer um destino cheio de história, tristeza e renovação.
Nós optamos por dormir uma noite em Hiroshima porque poderíamos explorar a região com mais calma.
Deixamos as malas no hotel e fomos pro centro da cidade, que nos surpreendeu com sua agitação e modernidade.
Almoçamos em um restaurante bem recomendado que prepara Okonomiyaki na hora. Foi bem diferente do outro que comemos, mas igualmente delicioso. Dizem que o prato é original de Hiroshima.
Seguimos então pra parte mais difícil da viagem e da história do Japão. Não sei nem como descrever como é estar ali no epicentro da destruição, pisar no mesmo local de tantas vítimas. É muito surpreendente ver a capacidade de superação destas pessoas.
A principal atração para visitar é o Memorial da Paz, que fica exatamente na área devastada pela bomba. Ali temos várias homenagens às vítimas, além da cúpula Genbaku, a única construção que resistiu à explosão na região.
Há ainda um museu árduo, porém necessário. Afinal, é fundamental que ninguém esqueça o que aconteceu pra que nunca mais se repita.
Dia 13 – Ilha de Miyajima e retorno para Tóquio
Tomamos café, fizemos o checkout e deixamos nossas malas guardadas na recepção do hotel. Partimos para a ilha de Miyajima, bem próxima de Hiroshima.
Para chegar lá, pegamos um trem e fizemos uma travessia de ferry, ambos incluídos no nosso JR Pass. O trajeto é rápido, mas garante uma prévia da beleza de um dos locais mais fotografados no Japão.
É na ilha que fica o Templo Itsukushima Shrine, mais conhecido por seu grande tori vermelho dentro da água.
Dizem que fica mais bonito quando a maré está alta, mas com pouca água você consegue caminhar perto do tori e evita a fila enorme de quem quer tirar uma foto da plataforma em frente. Aliás, para acessar esta plataforma, você precisa pagar o ingresso ao templo.
Na ilha, há bastante opção de lojinhas e locais que vendem pratos à base de ostras. Nem preciso dizer que Alice amou, né?
Nós circulamos pela ilha, observamos os bambis que vivem soltos por ali, tiramos fotos e provamos várias comidinhas. Optamos em não visitar outros pontos dali porque ainda iríamos voltar para Tóquio de shinkansen neste mesmo dia.
O retorno foi bem tranquilo e aproveitamos para descansar um pouco no trem. Chegamos a noite em Tóquio e fomos conhecer mais um restaurante de ramen perto do hotel. Diferente, mas também aprovado.
Dia 14 – Museu Yayoi Kusama e Akihabara
Começamos o nosso 14º dia no Japão em um icônico ponto: a Godzilla Road. No alto do Hotel Gracery fica uma cabeça gigante do Godzila. Inclusive, é permitido subir no terraço e conferir o monstro bem de pertinho. Mas demos o azar do espaço estar fechado para um evento.
Seguimos para o Museu da Yayoi Kusama, considerada como uma das mais originais e importantes artistas plásticas do Japão. Acho incrível a genialidade dela!
Não é possível comprar os ingressos lá na porta. Então, se você pretende visitar o museu precisa garantir bem antes dos seus ingressos. Eu comprei os nossos ainda no Brasil.
Depois de me encantar no museu (que eu gostaria que fosse maior), seguimos para Akihabara, o paraíso dos otakos (fãs de animes) e dos eletrônicos.
Almoçamos em um sushi de esteira com opções diferentes dos que a gente já tinha ido. Ficamos um pouco perdidos, mas saímos bem alimentados.
As lojas de eletrônicos são enormes e os preços excelentes comparados ao Brasil (Playstation 5, por exemplo, é menos da metade do preço que aqui).
É em Akihabara que fica a Yodobashi-Akiba, uma das maiores lojas de eletrônicos do mundo, com 15 andares. Fique atento que lá não vende celular com configurações para estrangeiros. A tecnologia dos celulares japoneses é diferente. Não é GSM e nem usa Chip. Se quiser comprar um aparelho por lá, deve procurar sempre “cellphone for oversea”.
Outra vantagem é que no Japão há o tax free. Basta apresentar o seu passaporte e o desconto de 10% já é concedido no momento do pagamento mesmo. Vale inclusive para roupas e outros itens.
Café de gatos
Enquanto o Rodrigo se divertia nas lojas de eletrônicos, fui com a Alice no Cat Café MoCHA. Nesta região, tem muitos cafés com animais, desde gatinhos até corujas.
Evidentemente, não foi nada fácil tirar a Alice de perto dos gatinhos!
Outra tentação são as centenas de máquinas de Gachapon para comprar bonequinhos de qualquer tema.
Dia 15 – Disney Sea

Você sabia que tem dois parques da Disney no Japão? E que eles não são de fato da Walt Disney Company? Doido, né? Calma que eu explico.
Bem pertinho de Tóquio, fica o complexo da Disney no Japão. É a primeira Disney construída fora dos Estados Unidos. O projeto é licenciado para uma empresa japonesa, mas você nem nota diferença porque todos os funcionários, brinquedos e serviços seguem o padrão da franquia.
O complexo conta com 6 hotéis oficiais e dois parques temáticos: a Tokyo Disneyland e a Disney Sea. Para quem deseja visitar os dois parques pode ser uma boa se hospedar por lá.
A Tokyo Disneyland segue o modelo da Disneylândia da Califórnia e do Magic Kingdom de Orlando. Já a Disney Sea é um parque temático exclusivo que só tem no Japão. Optamos em conhecer este por ser bem diferente.
O Disney Sea, como o nome sugere, segue a temática do Mar. Uma das áreas mais lindas é a da Pequena Sereia, que Alice amou!
Algumas atrações são iguais a de outros parques, como Soarin e Tower of Terror, e outras só encontramos por lá, como por exemplo a montanha-russa Jornada ao Centro da Terra.
Mesmo seguindo os padrões da Disney, claro que nem tudo é igual no Japão!
Veja como foi nossa experiência por lá e saiba tudo sobre o parque:
Como é a Tokyo DisneySea no Japão
Dia 16 – Sanrio Puroland
Para o nosso último dia, deixamos a Alice escolher se ela queria ir para Legoland ou para o parque da Hello Kitty.
A ideia era fazer um dos dois parques de manhã e ter algumas horas livres à tarde para curtir da forma que a gente quisesse.
Alice escolheu o Sanrio Puroland e ficamos encantadas com o mundo da Hello Kitty. Tanto que mudamos a programação e eu fiquei com a Alice por lá até o parque fechar porque era tudo muito fofo e perfeito. O Rodrigo ficou algumas horas e saiu antes para comprar algumas coisas que ele queria.
Como em todas as atrações do Japão, é recomendável você comprar os ingressos antecipadamente. Garantimos os nossos antes e lá na entrada apresentamos o QR Code que recebemos por email.
No parque, há vários cenários e ativações. Tem ainda shows dos personagens. Você pode comprar um passe especial lá para a sua família e furar as filas das atrações e garantir lugares melhores para ver as apresentações. Não compramos e também não senti falta.
Até a comida é fofa!
O restaurante serve pratos temáticos e são muito fofos. Porém tenha atenção: não minimize o poder da pimenta no Japão. Eu pedi um ramen apimentado de frutos do mar. Olha, eles estão de parabéns!
A Alice pediu um curry e disse que estava uma delícia.
Para tirar foto com os personagens, você precisa retirar uma senha em um dos totens. Não tem custo adicional e achei bem legal porque é muito organizado. Aparece a opção sempre de 3 personagens para você escolher. A Alice quis a favorita dela: a My Melody.
Mas o encontro com a estrela do parque é um pouco diferente. A Hello Kitty fica em uma área dentro de sua própria casa. Depois de visitar todos os cômodos fofos da residência, você termina em uma sala onde está a rainha da festa. Fácil, sem custos extras e sem agendamento.
Leia também: Sanrio Puroland: o parque da Hello Kitty
Dia 17 – conexão em Chicago
Seguimos cedinho para o aeroporto de Haneda. Então, embarcamos para a nossa conexão em Chicago. Aproveitamos para passear pela cidade (surpreendentemente movimentada) e fechamos assim nosso incrível roteiro de viagem no Japão.
Se você tem vontade de viajar para o Japão e não sabe nem por onde começar, confira aqui outros posts do blog:
Como planejar uma viagem para o Japão
Quanto custa uma viagem para o Japão?
Outra dica legal é incluir a Rota Alpina Tateyama Kurobe. Confira no blog da Danae como é a travessia dos Alpes Japoneses. Aliás, pode ser uma excelente opção para quem quer fugir um pouco do calor do verão japonês.
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